A emigração em Pombal poderia ser o mote para um romance nostálgico... Com lágrimas de saudade e sofrimento a separar o homem da Pátria e de todos os entes queridos. Poderia ser também um motivo para criticar todos os poderes, desde o económico ao social, passando pelo político. Porém pretendemos desenvolver um trabalho de investigação em que iremos previlegiar os números, as opiniões e todo um vasto rol de implicações em vários domínios que a emigração acarreta.
Infelizmente não conseguimos obter todos os dados que desejaríamos para desenvolver este tema de forma completa e com uma consciência exacta da evolução do fenómeno emigratório, porém tentámos ultrapassar este facto analisando um passado comum que, de forma significativa, se projectou no presente. Alguns dados poderão não ser os mais correctos considerando o peso, altamente significativo, da emigração clandestina.
O estudo aborda essencialmente o período que medeia 1960 e a actualidade, numa perspectiva da emigração em Portugal, em Pombal e em alguns outros concelhos do distrito. Pretendemos enrriquecer a abordagem do caso de Pombal com algumas entrevistas que são uma fonte indispensável de informação dos agentes ligados, de alguma forma, ao fenómeno.
Deixamos aqui um agradecimento muito especial a uma grande amiga de Pombal que connosco colaborou neste capítulo... Muito obrigado, assim vale a pena!
Vamos então partir rumo ao desconhecido, clandestinamente ( para não dar nas vistas), sem PIDES, sem
Supostamente um trabalho escolar anónimo e sem data, página 75.